sábado, 9 de fevereiro de 2008

PAZ




Por diversas vezes ouvimos “é preciso lutar pela paz”.
Mas afinal que paz é esta pela qual existe uma tão intensa busca?
A paz é definida como um estado de calma e tranquilidade, sem conflitos. Neste ponto podemos desde já distinguir dois caminhos: o pessoal e o universal. O pessoal no sentido do sentimento de pacificidade individual, do individuo enquanto ser singular, e universal no sentido da relação entre estes mesmo indivíduos, da relação pacifica das culturas.
A paz pessoal e individual pode ser uma realidade no entanto a paz universal revela-se uma utopia.
Desde sempre o homem entrou em conflito quer pela sua sobrevivência quer pelo prazer de maldade. E desde sempre a coexistência pacifica se revelou, não mais que, um sonho. Hoje em dia a paz continua a ser sonho para quem ainda sonha, mas também disfarce para guerras absurdas em nome de deuses e poder político e económico. Pois será esta a paz que buscamos? Como podemos chegar nós á paz pelo caminho que é exactamente o contrario (a guerra)?
Como podemos nos falar em paz, quando tudo o que fazemos é olhar para os nossos umbigos, alimentar as nossas mentes de coisas superficiais e fechar o jornal ou desligar a televisão quando a noticia é Darfur ou Iraque?
Pois meus caros enquanto assim for paz não passará de poesia, não passara de uma utopia dos idealistas e o pretexto para glorificar a hipocrisia e o que de mais sujo o ser humanos possui.
E no fim de tudo, só me continuo a interrogar: como podemos nos atingir a nossa paz interior quando a cada 3 minutos uma pessoa morre á fome ou quando vidas inocentes são sacrificadas a propósito nenhum? A esta pergunta talvez um dia possa responder, talvez nunca!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

puzzle

Procuro todos os dias
Por um puzzle incompleto
Todos os dias falho
E sei que não tem concerto
Sei que este será sempre aquele cuja peça
Já nem há memória

Só esta impotência
Inunda a minha mente
Caí em pedaços
Fujo para momentos de insanidade louca
E corro para nao perder nenhuma peça

Prefiro voar no leito das tempestades
Cair num mar de interrogaçoes pouco obvias
Afinal nunca ninguém disse que era fácil
Sei que vou falhar todos os dias
Mas prefiro a agonia da esperança
À hipocrisia do desespero

E seria muito fácil acabar este jogo
Mas entretenimento deixa de o ser
No momento em que o jogo vira uma procura
Ainda que eu saiba que a minha
Jamais terá fim...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Tear..

by: ana serrano
original: deviantart.com
material: grafite sobre papel


Morrer


MORRER


São mares negros

São lágrimas

São apenas solidão,

Porque solidão é o que sinto.


Os meus débitos são pobres

E nas minhas veias não há mais sangue

Há sim, podridão!

Hoje sinto-me a morrer como nunca havera sentido

E por isso sinto-me feliz


Quero morrer...

Morrer para ter paz

Para sonhar continuamente

Quero morrer para não ter de lembrar

Que na minha vida o meu sonho se chama MORTE!

visto preto...

VISTO PRETO...

Visto preto...
Visto preto porque preto tem alma
Visto preto porque não é vazio

A cor das cores
Profunda, inspiradora
Desvanecida, provocadora

Visto preto porque a minha alma mo pede
Visto preto porque o meu coração sangra
Visto preto porque os meus olhos estão perdidos

Preto, negro...
Sensualidade, desejo
Fantasia, paixão

Visto preto porque o meu espirito está bem
Visto preto poque amo
Visto preto porque sorrio

Preto...
Cor da alma,
Do coração,
De uma lágrima...

Visto preto em busca de uma harmonia,
Harmonia interior e impossivel...
Visto preto...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Beijo na sombra

Os nossos lábios uniram-se.
O mundo parou.
Não houve tempo,
Senti-me a flutuar.
Perdi a noção da alma,
Perdi a noção da emoção.

Fechei a porta e la continuava
Aquela horrenda sensação.
Os meus pensamentos
São agora fétidos... sujos...

O meu espirito vagueia
Porque aquele beijo,
Oh aquele beijo
Tornou-se a minha sombra
A que me afoga num mar negro,
Num rumo sem retorno...

Como querianão ter beijado
Agora vagueio entre rosas vermelhas,
Esvaecida pela solidão...
Anseio a morte e a dor,
Anseio o ceu no inferno.
Anseio por fechar a porta,
Por esquecer um beijo que não pedi...
O beijo na sombra!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Hoje não sou...

Hoje não sou alma nem coração
Hoje prefiro ser vazia
Discreta e pálida como a manhã
Hoje quero ser ninguem!
Esquecer de mim e dos outros
Esquecer que há um mundo
O meu espirito precisa de férias!